EPM e CIJ promovem o seminário ‘Infância e Juventude: a Literatura como forma de inclusão’

Aurora Seles foi a expositora.

 

A EPM e a Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ) do Tribunal de Justiça de São Paulo realizaram ontem (12) o seminário Infância e Juventude: A Literatura como Forma de Inclusão. O evento aconteceu no Fórum João Mendes Júnior, com a participação de 390 pessoas nas modalidades presencial e a distância. A abertura ficou a cargo do coordenador da CIJ, desembargador Eduardo Cortez de Freitas Gouvêa. A mesa dos trabalhos também foi composta pelo juiz da Vara da Infância e Juventude do Foro Regional Penha de França e integrante da CIJ Paulo Roberto Fadigas Cesar.

        

Eduardo Gouvêa apresentou a palestrante: a jornalista Aurora Seles, especialista em Psicologia pelo Laboratório de Estudos da Criança, do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Também é pós-graduada em Marketing e Comunicação Publicitária pela Faculdade Cásper Líbero e em Cultura, Educação e Relações Étnico-raciais pela Universidade de São Paulo.

        

Aurora Seles falou sobre o baixo índice de leitura entre os jovens brasileiros e a necessidade mudança desse quadro. “A leitura transforma a pessoa em sujeito ativo na sociedade”, afirmou. Ela apontou que 67% dos adolescentes não têm iniciativa própria para leitura e, dentre os que leem, a maioria afirma que o faz por influência da mãe e de professores.

        

A jornalista também explicou que uma das maneiras de despertar o interesse dos jovens pela leitura é oferecer obras que explorem os temas preferidos desse público, que são: refugiados, gênero, solidão, diversidade, respeito às diferenças, sustentabilidade e histórias de amizade e fantasia. “É muito bom saber que os jovens, ao mesmo tempo em que se importam com temas da atualidade, ainda mantêm seu lado lúdico”, disse.

       

Para ela, não se pode desprezar a grande influência que a internet exerce sobre crianças e adolescentes, com destaque para “blogueiros”, “vlogueiros” e “youtubers”, que lançam livros e os oferecem nas redes sociais. “Nomes como Christian Figueiredo, Kéfera e Maisa são referências muito jovens para um público igualmente jovem, que se espelha em suas carreiras bem-sucedidas”, explicou a jornalista, que citou também a ativista paquistanesa Malala Yousafzai e o cartunista Maurício de Sousa como exemplos de personalidades que utilizam a internet para se aproximar dos adolescentes.

     

Também foi abordada a questão da linguagem digital, abreviada e coloquial, interferindo na leitura e compreensão de obras clássicas. “Cabe à escola ensinar aos jovens a distinguir uma linguagem da outra e a leitura tem um papel fundamental neste sentido”, disse. “A inclusão de crianças e adolescentes por meio da literatura deve se utilizar das obras clássicas, sem desprezar a era digital e outros tipos de textos, como os quadrinhos e as crônicas”, concluiu.

        

O juiz Paulo Fadigas cumprimentou a palestrante pela exposição e abriu espaço para perguntas dos participantes. Ao final, o desembargador Eduardo Gouvêa entregou certificado da EPM para a convidada.

 

CA (texto) / KS (fotos)


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